29 dezembro 2006
Para 2007
Hoje acordei assim...
não sei bem como...
acordei bem disposta!
acordei a acreditar, a querer mais!
Optimista de que vou conseguir!
A mudança têm se vindo a dar aos poucos, e se na realidade olhando para o que me rodeia as perspectivas até poderiam não ser muitas... vou fazer de tudo para mudar o que parece e fazer o que parece desaparecer!
Vou:
mudar o meu visual,
mudar o quarto ao pequerrucho,
pintá-lo,
pintar uma das paredes do meu quarto.
Quero:
mudar de carro,
mudar de casa,
mudar de emprego,
encontrar alguém especial que dê mais luz à minha vida.
No futuro gostaria:
de construir uma família,
de ter mais um filho.
Assim me despeço de 2006, com muita fé que 2007, vai ser o meu Ano!
Desejando do fundo do coração tudo de bom e o que de melhor houver para o Novo Ano que se avizinha!
beijos grandes a todos!
Feliz 2007!
imagem: images.com
21 dezembro 2006
Natal aqui, ali, acolá... o Ano Inteiro
Este ano não me apetece desejar Bom Natal a ninguém!
Afinal o que é que significa ter um Bom Natal?
É estar junto da família?
Então desejo-vos que estejam com quem mais amam sempre!
É tempo de reflexão?
Então vamos reflectir o ano inteiro, sempre que seja preciso!
É ter presentes?
Então que tenham o que precisam e que nunca vos falte nada!
É ter saúde? Mas será só na noite de Natal?!
Então tenham saúde o ano inteiro!
É ser bonzinho agora?
Então ajudem sempre!
Quem gostam, quem precisa. Ajudem sempre que possam, não só em Dezembro...
o ombro, a comida, o colo, o amor, faz falta o ano inteiro...
Façam os outros felizes...
"... e faz favor de não se esquecerem de ser felizes..."
www.images.com
13 dezembro 2006
Ao fundo de ti...
Tento ir lá dentro, ao fundo de ti.
Remexo, puxo, estico, fico cansada.
Que coração frágil...
não lhe senti o conteúdo...
será que o magoei?
Olho em redor e sinto que não percebo o que fiz.
Não encontro sentido.
Peço ajuda... ela não vem...
o peito dói-me,
deve ser nesse momento que desisto.
Fico quieta, sempre inquieta,
uma quietude aparente invade-me,
penso então que passou.
Sorriu... e de repente, vejo uma sombra de ti,
estremeço!
afinal não desisti...
imagem: images.com
12 dezembro 2006
Amor da minha vida...
O amor da minha vida eu encontrei, tem nome,
é de carne e osso e me ama também.
Agora, falta encontrar alguém com quem possa me relacionar.
É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele.
Não bastam nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser.
Não presta que ele me visite para acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito.
Não basta que haja amor para viver um amor.
Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca.
......
O desacerto é de lascar e não há cama que resista a tantas reconciliações...um dia a cama cai.
Esta semana, fui ver a "Ópera do Malandro". ...
....
Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida: não quero mais o amor da minha vida, ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho, portanto, pedir a ele publicamente que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô.
Há de haver um homem bom me esperando...
Um homem que aprecie o meu carinho, que goste do meu jeito, fale a minha língua e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando: existem defeitos que considero indispensáveis.
Meu amor tem de ter uns certos ciúmes e reclamar quando eu viajar pra longe.
Pode se meter com a minha roupa, com o corte do cabelo e achar que sou distraída...
.....
Desejo, enfim, que o meu amor me reprima um pouco, que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo anda me dando um cansaço danado.
Autoria de Maitê Proença
é de carne e osso e me ama também.
Agora, falta encontrar alguém com quem possa me relacionar.
É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele.
Não bastam nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser.
Não presta que ele me visite para acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito.
Não basta que haja amor para viver um amor.
Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca.
......
O desacerto é de lascar e não há cama que resista a tantas reconciliações...um dia a cama cai.
Esta semana, fui ver a "Ópera do Malandro". ...
....
Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida: não quero mais o amor da minha vida, ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho, portanto, pedir a ele publicamente que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô.
Há de haver um homem bom me esperando...
Um homem que aprecie o meu carinho, que goste do meu jeito, fale a minha língua e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando: existem defeitos que considero indispensáveis.
Meu amor tem de ter uns certos ciúmes e reclamar quando eu viajar pra longe.
Pode se meter com a minha roupa, com o corte do cabelo e achar que sou distraída...
.....
Desejo, enfim, que o meu amor me reprima um pouco, que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo anda me dando um cansaço danado.
Autoria de Maitê Proença
30 novembro 2006
Vidas...
Um dia alguém me contou esta história,
"Eu já fui assim, sabia?
Jovem, bonita... tinha o mundo a meus pés... e sabe o que fiz? desperdicei tudo em busca de um grande amor, amor esse que nunca chegava.
Queria sempre mais!
Hoje... olhe para mim!
Como me vê?
Sozinha, sem ninguém. Hoje já não sou jovem como a menina, hoje já não tenho o mundo a meus pés.
Não seja tão exigente... desculpe mas parece-me que é muito exigente consigo. Tente não cometer o mesmo erro.
Olhe para dentro das pessoas e deixe lá as paixões assolapadas, que essas passam a correr e depois não fica nada... acredite menina que não fica!
Nunca me hei-de esquecer de um namorado que tive, depois do meu divórcio.
Acredita menina, já passaram 25 anos e por vezes ainda sonho com ele? Parece-lhe doença? ahahaha... não! É remorsos!
Naquela altura a minha vida era muito difícil, o meu ex-marido, não dava nada para o filho. Não é como agora que vocês vão a um advogado, depois vão para tribunal e eles são obrigados a pagar. Naquela altura, as Mães que se amanhassem com o que tinham, que os tribunais, não queriam saber disso para nada, se fosse preciso ainda nos diziam alguma.
Conheci o P. no grupo de amigos que tinha.
Era encantador, ternurento, o melhor homem que conheci até hoje... entendia tudo... e sabe? ele foi meu!
Ele não tinha muito dinheiro, trabalhava mas ganhava mal. Queria ajudar-me a todo o custo, mas financeiramente não podia. Então tive que ir trabalhar à noite para ganhar mais algum dinheiro... não! não era prostituição! Foi uma amiga que me arranjou um trabalho numa discoteca que na altura era das mais badaladas. Claro que tive homens a meterem-se comigo, mas era um sítio decente. Eu era bonita. A farda era uma mini saia preta e uma camisa branca. Estava sempre linda!
Por isso lhe digo, a gente só não faz o que não quer. Eu não percebia nada daquilo, mas depressa aprendi, como se tirava uma imperial, como se preparava um martini...
Quando tive que dizer ao P. que iria trabalhar à noite para uma discoteca, tive medo da reacção. Foi então que ele me disse: "Meu amor, eu gostava que não fosse preciso. Gostava de te poder ajudar, mas não posso. Posso é ajudar-te de outras formas..."
Foi então que ele passou a ficar com o meu filho enquanto eu ía trabalhar, muitas vezes até o ía buscar à escola e fazia-lhe o jantar. Outras vezes quando a minha irmã podia ficar com o menino, então lá ía ele buscar-me para eu não vir sozinha a umas horas daquelas.
Mas sabe menina, eu na altura não lhe dava valor. Hoje penso como é que isso foi possível?! Eu que tinha passado as passinhas do algarve com o meu ex-marido, que era reles como tudo e mesmo assim não consegui ver o tesouro que me estavam a dar...
Entretanto na tal discoteca conheço um homem.
Bonito. Bem falante e acima de tudo (devia dizer abaixo) aquilo que o P. era.
Hoje sei que foi o Diabo a tentar-me...
Apaixonei-me por ele. Perdi-me. Iludi-me.
Depois de conhecer o Z. fiquei encantada com ele. Cheio de charme, roupa boa, bem cheiroso.
Até me esqueci do P., devo ter achado, que ele era um santo e andava a cumprir a sua missão na terra que era ajudar-me... eu fui tão parva, tão egoísta...
Nós vamos sempre atrás dos que não prestam...
por causa dele deixei o homem com quem sonho há 25 anos...
Comigo, para além da mágoa ficou uma lembrança especial que me recorda sempre quem fui, uma imagem que me há-de acompanhar a vida inteira...
Nessa altura já eu andava de cabeça virada com o outro... cheguei a casa tarde como sempre... estavam então o P. e o meu filho a dormir no sofá... tinham adormecido. Em cima da mesa, estava um bolo. O menino estava deitado com a cabeça no colo dele... ao lado deles estava aquele desenho que está ali na parede. Consegue vê-lo? Vou buscá-lo... leia...
"Mãe, fizemos um bolo para ti. Vai descansar! Amamos-te!"
Foi a última vez que o vi...
Percebe porque lhe digo que das paixões assolapadas não fica nada? não?
O P. ficou para sempre, porque me deu o que de melhor tinha e eu amava-o. Ao contrário do Z. que um dia deixou de me encantar.
Desculpe as minhas lágrimas, mas não consigo recordar isto sem chorar.
As lágrimas saiem-me sem pedir licença..."
P.S. Quando me recordo desta história, uma frase feita vêm-me sempre à ideia.
"Nunca troques quem Amas por quem gostas, porque um dia quem gostas trocar-te-á por quem Ama..."
imagem: images.com
29 novembro 2006
Porque...
27 novembro 2006
Destino...
No pouco tempo que tenho tido, entre folhas e papéis, encontrei o meu livro, o "Alquimista" do Paulo Coelho que pensava ter perdido.
Voltei a ler-lhe algumas partes.
Reli os meus sublinhados.
Entre o que tinha sublinhado, esta foi a uma das primeiras frases que li ao desfolhá-lo.
"Em determinado momento da nossa existência, perdemos o controlo das nossas vidas, e ela passa a ser governada pelo destino. Esta é a maior mentira do mundo."
"Alquimista"
17 novembro 2006
O Primeiro Amor
"Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
...
Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?"
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...
....
E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos.
E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."
Carlos Paião: "Cinderela"
Dizem que não há Amor como o primeiro.
E como poderia haver?
Com o primeiro amor não havia "medos", nem receios de exposições.
"Damos" todo o amor que temos cá dentro,
guardado, sem medos... sem pensar e se...
O meu primeiro amor perguntou-me se queria namorar com ele. Mais tarde sonhou em casar comigo, sem medo de ser rídiculo... não tinha medo de sonhar com ele, de dizer o que sentia, era tudo tão natural...
14 anos depois...
Olhei ao longe e vi um rosto familiar, demasiado familiar, para não reconhecer... o meu estômago reconheceu-o... embrulhou-se...
Jantei lado a lado com ele.
Sem nenhum de nós esperar tal encontro...
foi no aniversário de uma amiga em comum.
A pessoa que melhor conheci cresceu e eu cresci também.
Eu sempre a tentar descobrir-lhe pontos que recordasse...
contínuamos tão iguais, com tantas diferenças...
gostei de o ver...
Inquisidor como sempre (isso não muda :)) a dada altura perguntou:
- namoras?
- bem... mais ou menos...
sorriu com o seu sorriso rasgado, que não o abandona...
- e tu? perguntei.
- namoro, sem mais ou menos. (risos)
- a namorada não veio?
- não nos andamos a entender muito bem...
- tou a ver...
- e ele, não está porquê?
desatei-me a rir e disse:
- porque nos andamos a entender muito bem!
imagem: images.com
14 novembro 2006
5 Manias... mais um desafio bloguista!
Em resposta ao desafio lançado pela minha amiga GK, vou então contar algumas das minhas manias...
"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue".
1. Não saio de casa sem os meus óculos escuros. Mesmo que esteja a chover. Acho sempre que me podem fazer falta.
2. Não suporto coisas redondas. Mesas, escadas de caracol, etc...
3. Uso sempre o mesmo perfume e quando tento variar, fico enjoada.
4. Tenho um problema com as almofadas... nenhuma substitui a minha! Levava sempre a minha almofada para todo o lado onde ía. Hoje não levo, mas sinto uma falta tremenda dela.
5. O meu pequeno almoço tem sempre de ser Pão com manteiga e leite com café. Se faltar a manteiga ou outro qualquer ingrediente, o dia já não me corre bem.
e agora pensando bem... até tenho outras manias... lol
Deixo a continuação do desafio as estes 5 meus amigos:
Imagem: Images.com
10 novembro 2006
Conversa de doidos
...
- Fiz umas costeletas fabulosas!
- Foi...?!!
- Sim! Queres ver?
(ele olha-nos e sai para a sala...)
- Fui ver o menino... mas... cortaste-lhe o cabelo?
- Não. Parece?
- Não.
(olhamos uma para a outra...)
- Como disseste que tinhas feito umas costeletas...
- Sim... costeletas... o que é que têm haver?
- Costeletas... (ele já todo baralhado, olhava-nos).
Então costeletas... mas não cortaste o cabelo ao menino?
- Não! mas o que é têm haver as costeletas com o cabelo?
Destapo o tacho e digo, Costeletas!!! Tás a ver?
- Ele primeiro fica a olhar...sorri e diz: Costeletas cá é isso?
ahahaha, lá é... e aponta-nos para as patilhas!
Desatámos as duas a rir à gargalhada...
mais um momento à Woddy Allen, dizia ela...
imagem: www.images.com
07 novembro 2006
Água temporal
Porque me lembraram...
Porque gosto...
"Os anos formam famílias,
que se empenham em compor o inteiro,
igual às gotas da chuva,
que caem uma a uma até se chamarem aguaceiro.
Gotas que lavam rugas,
que os anos não cessam de formar,
gotas que também sustentam os que continuam a atravessar.
Famílias de sete em sete,
que também ajudam a vencer,
se a vitória traz regozijo a derrota é para aprender.
As marcas acusam o tempo,
revelam os nossos segredos,
são guias mais que seguros que constroem e destroem os nossos medos.
Se um dia alguém recuar no tempo,
talvez seja o desalento para as gotas que vêm e vão o tempo inteiro,
sem nunca recuar o ponteiro.
Este que indica o tempo,
também aponte a vereda,
adornada com flores e seda,
caminho há tanto formado,
para um dia eu estar ao teu lado."
imagem: images.com
27 outubro 2006
e pronto...
Ontem foi assim
- Mãe... vês, já sei patinar!
- Já vi, já vi... sim senhor!
- Mãe eu ensino-te.
Experimenta lá!
- Eu? Já não me lembro e isso não me serve...
- olha que deve servir...
- tu calças o 33/34... eu calço mais.
- Mãe, o Pai comprou maiores, para darem para mais tempo...
- Ai é? deixa ver... 36??!!! que exagero!
- Vês Mãe...
- Pois, é o meu número...
- Vá Mãe calça!
- Ok, ok!
Calço os patins.
Sim senhor giros e servem-me.
Um bocadinho apertados... mas pronto!
Muito bem...
- então e agora o que é que eu faço?
- Mãe, agora pões-te de pé que eu ensino-te! (como negar isto a uma criança?)
- Pois...
Pus-me de pé e...
Pumcatrapum, estateladinha no meio do chão!
Ainda me disse a rir à gargalhada:
"ahahahhahaah!!!! Ó Mãe tu também... ahahahaahahah!!!!"
risota até às 10 da noite...
11 outubro 2006
Evoluções
- Mãe... quando eu era pequenino, pensava que o ding-dlão... ding-dlão... aquele barulho que se faz nas igrejas...
- O sino?
- Sim, isso Mãe! Eu pensava que era para acordar as pessoas.
- Ah era?
- Sim, Mãe! mas depois quando fiquei maior pensava que era para chamar algumas pessoas...
- Ah sim? Então e agora?
- Agora penso que é para dizer as horas...
.......
- Sabes Mãe... eu também pensava que quando se namorava, casava e ficava assim toda a vida.
- E às vezes casasse e ficasse toda a vida... já não pensas assim?
- Penso... mas também penso que às vezes os grandes não se dão bem e depois têm que ir viver para casas diferentes! Como tu e o Pai!
- Nem sempre... às vezes é dificil acertar na pessoa certa outras nem por isso.
- Então depois os grandes podem ter namoradas!
- Claro, amor!
- Pois... já tens namorado?
.......
P.S. Fogo! Mas não costumam ser os filhos a não querer que os Pais namorem?
Imagem: Images.com
02 outubro 2006
Mãããiiiiiii!!!!
Mãããiiiiiii... Mãããiiiiiii.... Mãããeeee!!!!!
- hã? para quê essa gritaria? ainda é de noite... o que se passa?
- Ó Mãããiiiiiii...
- Sim. Diz?
- Há uma coisa que eu não sei...
(Penso que devem ser várias...)
- Sim?
- Como é que eu faço para namorar com a C.?
Cheia de sono, tento racicionar e pergunto:
- Com a C.? Então não era a I.?
- Não Mãe!
- Pergunta-lhe se quer namorar contigo.
- Tenho vergonha, ela nunca está sozinha.
- Leva-lhe uma flôr, chama-a à parte e diz-lhe que gostas dela.
- Ai Mãe... assim não...
- Olha também não sei dizer mais nada a esta hora!
Lembro-me que deve ser de madrugada... Tenho sono... Olho para o relógio dele... São 6h da manhã!!!
Vou abrir a boca para lhe dizer que ainda é cedo.
Se está com insónias por isso.
Se se quer deitar ao meu lado.
Quando me diz, muito prontamente, já chateado:
- Também não sei porque é que te vim perguntar a ti...
Aí já eu chateada...
- Porquê?
ao que ele responde muito prontamente:
- Tu tens namorado?
e vira-me as costas...
Fico a pensar... "Sacana!"
Depois quem ficou com insónias, fui eu...
28 setembro 2006
Pela 1.ª Vez?!
Ontem enquanto conduzia, depois de sair do meu emprego, ouvia esta música... e sonhei, sonhei...
For the First Time
Are those your eyes
Is that your smile
I've been looking at you forever
Yet I never saw you before
Are these your hands
Holding mine
Now I wonder how
I could have been so blind
(Chorus)
For the first time
I am looking in your eyes
For the first time
I'm seeing who you are
Can't believe how much I see
When you're looking back at me
Now I understand what love is, love is
For the first time
Can this be real
Can this be true
Am I the person I was this morning
And are you the same you
It's all so strange
How can it be
And all along this love
Was right in front of me
(Chorus)
Such a long time ago
I had given up on finding
This emotion ever again
But you're here with me now
Yes I've found you some how
And I've never been so sure
(Chorus)
Rod Stewart
depois percebi, que já a ouvi várias vezes em diferentes ocasiões e a música não muda nada...
22 setembro 2006
O caminho menos percorrido...
Esse é o título de um dos livros que tenho na cabeceira da cama.
Não o tenho lido, confesso! A parte do livro a que cheguei no momento, primeiro precisa de ser resolvida por mim, depois, então lá irei ao livro, mas só para ver se tenho razão! :-)
Sei que percorro esse mesmo caminho.
O menos percorrido, às vezes bem mais difícil.
Por vezes soluções aparentemente "fáceis" apresentam-se à minha frente, mas também sei que elas no futuro não iriam dar ao meu caminho, ao que escolhi viver. E não fossem "outros" já estaria bem mais próxima!
Ele chegou, sem aviso prévio, chegou porque sabe sempre quando ela não está bem. Não precisa de ser convidado, faz parte da casa. Basta dar-lhe um toque para o telemóvel, ouvir a voz dela, para perceber, se segue para casa ou se passa por casa dela antes. Ela que neste momento será certamente a sua melhor amiga, como em tempos passados foi, e ele o amigo de todas as horas... O único que abriu a boca quando foi preciso dizer:
- Eu estou aqui! Ela não está só!
Deviam ter passado uns 30 minutos do telefonema, quando ele chegou... despejou as suas coisas em cima da mesa da sala, pasta, portátil, óculos e sentou-se no sofá, junto a ela.
Ficaram em silêncio, enquanto ela fumava mais 1 cigarro.
Ele olhou bem para ela e disse:
- Sei que és forte! mas a mim não precisas de provar nada... vim cá hoje na esperança que hoje fales!
Ela continuou em silêncio, o seu olhar cada vez mais distante, fazia adivinhar, dor.
- Tens que acabar com isso!
- Com o quê? perguntou.
- Com essa merda do carro, desde aí nunca mais foste a mesma.
Tens de parar de te preocupar tanto com os outros e bocadinho mais contigo!
Tás magra! Tens-te alimentado bem?
Ela sorriu... e disse-lhe,
- Puseste-te cá num instante, eu não disse nada!
Estavas com medo que me suicidasse?
Começaram a rir-se os dois!
- Tens que mudar umas coisas... (disse ele)
- O quê?
- Por exemplo deitar essa merda de telemóvel no lixo!
De seguida ele disse:
- Narizinho... está aqui o meu ombro... podes chorar! Sinto-te com um nó na garganta... tu és forte mas não és um muro...
Ela encostou-se ao ombro dele e uma lágrima caíu... recordou este ano desde o ínicio e o anterior, lembrou as perdas, as mudanças, as decisões, as dores... e chorou... chorou... ele ficou ali a ouvi-la chorar, sem cobranças nem juízos de valor... ao fim de algum tempo, ela disse, já é tarde, vou dormir... ele acrescentou, estava a pensar nisso... vou embora.
- Ficas bem?
- Sim (disse ela).
Ela começou a rir e disse... ligaram da casa das noivas, acho que tenho lá um vale qualquer, como troca do vestido...
ele sorriu e disse, dá para trocar em lingerie? é que tenho namorada!
Ela riu-se e disse-lhe:
- O vale é teu! tu mereces!
Despediram-se com um abraço e um sorriso... ele ainda acrescentou... a vida é mesmo engraçada!
Quando precisares de mim... sabes onde estou!
Ela agradeceu e nesse momento só lhe ocorreu dizer...
Obrigada por existires!
Vestido: modelo "Daifa" San Patrick, colecção 2006
21 setembro 2006
Para ti Su!
"Os Ventos que às vezes nos tiram algo que amamos,
são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar!
Por isso não devemos chorar o que nos foi tirado
e sim aprender a amar o que nos foi dado,
não te esqueças que o que é realmente nosso, nunca vai para sempre!"
Hoje estou cá só para ti...
Sabes que é hoje e sempre.
Desde que nos conhecemos, quanto anos terão passado? 10?
Nem me recordo de quem nos apresentou, se foram os nosso ex-maridos ou os nossos cães...
O tempo passa a correr, a vida muda tanto... já viste, amiga?
Nos últimos 10 anos até poderiamos ter escrito um livro...
Bem... mas tudo isto serve apenas para dizer que te Adoro!
Que te quero com força e a renascer a cada dia!
Força que sei que tens!
Sei que estás bem e logo quero ouvir isso de ti!
Abraços dos Nossos e Beijos muitos! :-)
19 setembro 2006
Recordar ...
tu a rir pela primeira vez;
a tua primeira gargalhada;
o primeiro dente;
os primeiros passos;
o primeiro dia em que te "deixei" com outros, para mim desconhecidos;
o primeiro susto, quando abriste a testa no infantário e levaste 13 pontos, que hoje dizes serem a cicatriz do Harry Potter;
a primeira decepção, quando o Pai e a Mãe te disseram que iam viver em casas diferentes;
Ver-te chorar de tristeza do mais profundo que já vi, desespero mesmo;
o primeiro dia na Escola, em que corri a escola toda atrás de ti;
a primeira letra;
a primeira namorada;
as primeiras dúvidas, - Mãe como faço para ficar com a I.?
Hoje enquanto dormias, fiquei a olhar para ti, não sei porquê, mas a Mães têm essa mania... não sei quanto tempo lá fiquei... pensei, recordei, uma lágrima ainda teimou em cair, mas a seguir logo um sorriso veio.
O amor por ti é incondicional. Percebo desde que nasceste que não hesitaria um segundo em dar a minha vida por ti.
Tenho um imenso orgulho em ti.
Quanto mais velho ficas com a personalidade mais vincada, melhor te reconheço os traços, de um menino ainda pequeno, mas já cheio de principios, certo do que se deve fazer.
Por vezes surpreendes-me, não imaginava alguém tão pequeno, com tantas bases... Ontem olhei para ti e vi que não dei pelo tempo a passar... o tempo não passa corre!!
P.S. Isto é o que dá ter sido Mãe nova... Agora percebo a frase: "Eles é que nos fazem velhos..." :-)
15 setembro 2006
Saudades de Ti
Não consigo esquecer o dia do teu aniversário, acho que nunca esquecerei...
Amanhã farias anos.
Também não consigo esquecer o dia em que partiste e em que fui a única a quem foi permitido ver-te.
Estavas tão lúcida...
Tenho medo mais uma vez, que tenhas partido sem saberes o quanto te amava e eras importante para mim.
Queria tanto ter-te dito nesse dia, que te Amava, que eras a pessoa mais importante da minha vida... mas mais uma vez adiei, pensando que poderia dizer depois...
O depois já foi tarde... e quando partiste, mais um pilar meu se foi.
Há dias em que rezo e peço para olhares por mim...
Tanta coisa mudou desde que partiste...
Tenho sempre a sensação que se cá estivesses seria tudo diferente...
Hoje olhando para trás e para a frente, vejo que poucos pilares tenho, penso mesmo que o único seja a Mãe.
Recordar-te, dá-me vontade de chorar...
Tento sempre lembrar-me do melhor que passámos juntas, que foi quase toda a minha vida.
Tento lembrar-me dos beijos e abraços que dávamos. De quando choravamos a rir.
Tenho Saudades tuas, mas também sei que jamais te poderei voltar a ver e abraçar e isso dói...
Desculpa amanhã, não ir lá... não sou capaz.
Afinal sei que não estás ali... mas estarás sempre aqui...
11 setembro 2006
Fui Etiquetada!
Pois... enquanto estive de férias a minha amiga GK decidiu etiquetar-me... pelo que percebo, acha que está na altura de falar mais sobre mim... não sei quais as perguntas mas vou responder como fizeste.
Quanto aos finais das histórias... prometo que antes do Natal estão prontos! Ok?
Estou a brincar... disparate... é já a seguir!
- Adoro rir, brincar, fazer humor, às vezes com coisas sérias. Adoro dançar e mais ainda com o meu filho, não perco uma oportunidade de aprender os últimos passos dos DZr't. Nunca desisto embora por vezes até pareça que vou. A amizade para mim têm um valor sem fim. Prefiro arrepender-me de tudo o que fiz, do que do que não fiz. Acho por vezes que não tenho limitações... para mim tudo é possível. Sou apaixonada pela vida.
- Sou impulsiva por natureza e por vezes de extremos. Sou bastante racional e a "porra" dá-se quando tento racionalizar coisas não possíveis de serem racionalizáveis. Sou frontal, por vezes cutilante! Sou teimosa e tenho o nariz empinado. Sou distraída, nunca sei onde deixei o telemóvel ou a chave de casa...
- Gosto muito de passear na Praia, principalmente no Inverno. Sou fascinada pelo Verão. Devoro livros e não consigo passar muito tempo sem escrever. Adoro cinema. Pensar deve ser o meu passatempo preferido (porque esta cabecinha nunca pára!).
- Sou uma sonhadora, por isso tenho vários sonhos... gostava de ter mais filhos, se forem mais de 3 quero uma empregada também! Sonho encontrar aquela pessoa especial que eu Ame e que me Ame! Aquele que faça "tudo" por mim, que vou ter vontade de fazer "tudo" por ele, alguém que me abrace e esteja ao meu lado, enfim alguém que partilhe tudo comigo. Sonho também um dia ter Paz de Espírito. Um bom presente, ter um dia a possibilidade de voltar a ter um Boxer.
- E pronto, olhem agora não me apetece dizer mais nada! Vou passar o testemunho e para isso escolhi 3!
28 agosto 2006
Porque me contaram...
Este texto que se segue, não foi feito inicialmente a pensar em dar-lhe continuação (pelo menos por escrito...), depois de alguns "pedidos", achei engraçada a ideia de cada um dar um fim a esta história...
Prometo no fim, "encadeá-la" e fazer um novo post, pondo pelo meio os vossos textos. Alguns comentários têm finais diferentes, por isso logo terá de haver mais do que 1 ou 2 posts, faço os que forem necessários, "misturando" os finais com o príncipio da história.
Contaram-me...
que eles finalmente se tinham abraçado, tocado as mãos e beijado... só agora soube que afinal até já foi há algum tempo... também sei que jamais pensaria que tal fosse acontecer, embora por outro lado parecesse óbvio... havia ali muita coisa contida, mas não consigo também entender porque a contiveram tanto tempo... ele ainda me explicou e ela depois também, mas não faz muito sentido... pela descrição que ela me fez, entre sonhos, arrepios e palavras... deu-me que pensar...
A imagem com que fiquei, foi que se beijaram lentamente, tocando os lábios e alternando linguas,
linguas com sede... linguas que desconhecem a sede da bebida que tanto precisam...
enrolaram-se, abraçaram-se e tocaram-se pela primeira vez...
começaram a despir-se lentamente, olhando-se fixamente nos olhos,
ele pegou-a ao colo como se de uma boneca se tratasse e levou-a para o quarto...
sei que fizeram amor durante muito tempo e várias vezes...
mas desconheço mais pormenores...
o resto fica mesmo a cargo da nossa imaginação...
e que imaginação a nossa!!!! lol
imagem: images.com
22 agosto 2006
8 Cabeças
Nós os 2
eles os 3
a pirralhada toda!
Éramos 8, tínhamos cerca de 16 pares de sapatos espalhados aleatoriamente pela casa, isto é, fazendo a média a 2 por pessoa, o que não corresponde inteiramente à verdade. Se não vejamos: a M. adora chinelos, sandalinhas e tudo o que de prático e bonito houver, por isso, nem foi feita a contagem… A S. adora sapatos, mas varia mais de estilo, por isso levou 4 pares. A R. … bem a R. … não consigo contabilizá-los… desde o sapinho azul com a florinha à frente para dar com o vestido, até à sandalinha branca, passando pelo chinelinho de praia com bonecos mil à frente! Oh meu Deus! … A C. está na idade do "cool", portanto uma havaiana vai bem com tudo! Os rapazes, esses são mais simples, mas não deixaram também eles de levar sapatos para cada ocasião, pelo que todos levaram sem excepção: ténis, sandálias e o "chinelinho vai com tudo"! ora isto dá cerca de...21 pares de sapatos!
Era engraçado olhar para o copo das escovas de dentes, que teve de ser substituído prontamente por uma caneca de cerveja daquelas mesmo grandes, para caberem todas!
Giro, Giro era ver os 8 a sair... parecia um harém!
1 homem, 2 mulheres, 5 miúdos, todos em escadinha, com a agravante de se terem lembrado de começar todos a chamar Pai ao R.!
De toda a azáfama diária, o que mais impressionava era a altura do pequeno-almoço e dos banhos. Ficámos nitidamente com a noção do que é gerir... um infantário! Nem mais nem menos! Sim, aquilo é tipo "economias de escala": - fila para fazer o chi-chi matinal, lavar a cara e pentear; de seguida, sentar os miúdos e começar a "despachar" o pequeno almoço - são 5 doses de cereais com leite ali para a mesa do canto, que o mesmo é dizer quase 2 litros de leite e meio pacote de chocapics de uma assentada só! A seguir, ajudar os retardatários e ala, lavar os dentes!
Depois nós, os "grandes"... Pequeno-almoço a rigor! Sim, sim, que o R. não deixava por mãos alheias o pão quentinho matinal! Às oito da manhã era vê-lo a sair para ir buscar papo-secos quentinhos para o resto da "prole". Suficientes para o pequeno-almoço e para a praia. Só se saía de casa lá pelo meio-dia, mas isso, é outra história, he he he…
O departamento da higiene pessoal comportava verdadeiras linhas de montagem, onde tudo era controlado ao minuto! Nem o creme para o corpo dos pequeninos faltava! Era vê-los a sair do WC, passar directamente ao quarto para por creme no corpo… lindo! Uma engrenagem perfeita!
A parte "correcional" também estava considerada no pack "vá-de-férias-com-montes-de-putos-doidos-varridos-e-enerve-se-o-menos-possível" - quando era para gritar e meter o pessoal na ordem, às vezes lá precisávamos de uma voz mais grave... afinal também é para isso que servem os homens!
Um dia a S. meteu-os todos de castigo, mandou-os para o quarto sem direito a T.V. (que má!), o silêncio reinava, cerca de 1 hora depois alguém disse: "...que silêncio..." foi aí que a S. se lembrou que se esqueceu de os tirar do castigo :-(
Há noite havia direito a história e tudo e aí, a encarregada de serviço era a M., só que não era só ela que contava a história… era ela seguida de outros 5 pirralhinhos que faziam questão de também contar cada um a sua, a R., a pequerrucha do sítio, tinha uma imaginação… Nós, os grandes estávamos, mortinhos por ter aquele momento nosso, em que descansávamos e ríamos um bocado até já não podermos mais e irmos arrastados pelo nosso amigo João (não, esse não passou férias connosco, é mesmo o João, o tal da pestana!) para a cama.
A saída “matinal” para a praia e o correspondente aparato era outro espectáculo digno de ser visto… afinal, oito toalhas estendidas lado a lado são uma vista grandiosa!
Como grandiosas eram as incursões por terras algarvias à noite! Ah sim! Um homem, duas mulheres e cinco “minis”, todos a chamar “pai” ao mesmo, mas uns a chamar “mãe” a uma e outros a outra… bem, deixámos alguns populares de cara desconfiada com estas “modernices” … ou não, que o interior também já não é o que era… certo, certo, é que nos ríamos a bom rir com as reacções que esta “famíla” despertava nos transeuntes!...
De tudo, o mais importante foi, com toda a certeza, os laços que se fortaleceram, o sabor da união e da discórdia, o fazer as pazes o aprender do perdão, o saber dar e aprender a receber... que nem sempre é fácil... o gostinho bom de num fim de dia de azáfama, tomar um "granda" banho...
E para o ano, há mais, se Deus quiser! :))
conheça as outras cabeças, já aqui ao lado: Misty
fotos by: R. M. e S. ou seja Nossas!
10 agosto 2006
Calhou-me este...
ESTE INFERNO DE AMAR
Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Almeida Garret
imagem: images.com
07 agosto 2006
Anjos...
16 julho 2006
Algema
Talvez tenha arranjado uma "algema"... não é muito grande mas "prende-me"...
É um projecto antigo que gostaria de cumprir...
Ontem disse-te... ficaste sem palavras, acho que ficaste orgulhosa, olhaste-me, começaste a rir e a chorar ao mesmo tempo. Perguntaste-me se era uma "algema", disse-te que sim, abraçaste-me com aquele abraço que só é permitido a duas amigas do coração... eles ficaram a olhar para nós... perceberam que algo importante e de desconhecido para eles se tinha passado ali e embora não percebendo naquele momento ficaram felizes...
Tenho orgulho de nós, da nossa amizade, do grupo que formamos quando nos juntamos.
Nunca "vi" nada assim, por vezes penso mesmo (até pela forma que nos conhecemos e que cada um trouxe o outro) que somos especiais! A nossa vida juntos é uma festa, que até por vezes pode ser acompanhada de lágrimas que todos juntos limpamos, arranjamos soluções e seguimos em frente...
Ontem ainda disseste, "isto é felicidade...", e é amiga... são momentos felizes, como outros que temos com outras pessoas, são instantes que nos marcam e nos fazem pensar que a vida vale a pena, entre as coisas que temos, outras que não temos e as que perdemos. O importante mesmo é agarrarmo-nos ao que temos, aos nossos preciosos amigos, aos nossos amores...
Decidi ontem que não estou disposta a "perder" nada, nem a deixar a vida passar por mim, quero o que é "meu", quero mais que nunca lutar, nem que seja por vezes contra desconhecidos...
P.S. Agora não vou embora... vou só de férias!
Quero deixar um beijo grande e um abraço apertado a todos!
13 julho 2006
Luz?
Não sei se vou nem se fico...
Ontem ainda me disseram que estava a fugir... não acredito que acreditem nisso!
Só foge quem tem algo... e eu cá não sou mulher de fugir!
Se me apetece ir? apetece!
Se preferia ficar e concretizar os meus projectos, claro!
Sabem mesmo o que é que eu queria?
Era mais isto:
Ó faxa vô arrangem aí umas algemas que eu quero ficar cá com vocês, mas arranjem-me já agora um motivo...
P.S. já agora... ontem foste uma agradável "surpresa" e deste-me que pensar... como sempre!
imagem: images.com
12 julho 2006
Sozinhos
Falávamos os 3 sentados no meu sofá, eu dizia que me sentia só... ele disse mas somos todos sós!
Sei que me posso sentir só num estádio de futebol com lotação esgotada, mas não era a isso que me referia!
Olhei para eles os 2 e vi-os como um exemplo do que o amor pode fazer a qualquer um de nós, olhei para mim e senti-me saída de um qualquer filme de ficção... aliás a minha vida nos últimos tempos não tem passado disso mesmo, um filme de ficção ou então em "rasca" comparação, com uma novela das boas!
Disse-lhe que os acontecimentos quase inacreditáveis que se tinham passado comigo nos últimos tempos, me faziam sentir, nem sei bem explicar o quê...
No fim de toda esta conversa de troca de medos, eles saíram os 2 de mão dada para ficarem juntos, dormirem em casa um do outro... foi nessa altura que tive vontade de assobiar e dizer...
Então somos todos sós?
06 julho 2006
Fado
Quando o Mundial começou juro que a minha vontade era meter uma bandeira Espanhola ou uma faixa negra à minha janela, tal é a decepção que sinto cada vez mais em relação ao País em que nasci! (Confesso que também tive algum receio de ser expulsa do prédio...)
Não percebia como é que com o Mundial, as pessoas de repente se tinham esquecido de tudo!
A gasolina cada vez mais cara, tudo cada vez mais caro e a nossa carteira a dizer: "cada vez mais no fim do dinheiro há mais mês!".
Confesso que me custou, mas não consigo resistir ao Mundial, ao Europeu ou ao meu Clube quando joga.
Não coloquei nenhuma bandeira na janela, nem faixa negra mas fiquei sempre em casa a ver os jogos com amigos e aos saltos durante os 90 minutos... Rendo-me!
Cada vez mais acho que:
Este País é um Fado...
Estou triste q.b, decepcionada por nunca conseguirmos jogar o que somos e merecemos,
triste por o árbitro nos ter lixado,
triste porque jogámos muito bem e não ganhámos,
o factor sorte não esteve com a equipa, mereciamos mais!
triste porque me parece que o "tamanho" contínua a contar...
P.S. e perdoem-me alguma "bacorada" porque não percebo nada de futebol!
imagem: sic
29 junho 2006
A Madrinha
- Quando me casar quero que sejas minha madrinha!
- Sério? Claro que serei!
- Pode ser à Espanhola?
- És tão engraçadinho... (risos)
Passaram 20 anos desde o dia em que fizemos a promessa de jamais nos separarmos. Creio que teriamos 8 anos quando nos conhecemos tu e eu e 12 quando fizemos o pacto.
Lembras-te quando ficávamos todos vaidosos por nos perguntarem se eramos irmãos?
E os nossos segredos? Aqueles que até hoje temos guardados...
Nunca me vou esquecer do dia em que soube que ias ser Pai, foi no dia do meu aniversário, fazia então 18 anos... a tua Mãe ligou-me, pediu-me que fosse eu a dizer-te, ela não era capaz... lembras-te? eu a dizer-te: vais ser Pai, tu a sorrires a pensar que brincava contigo, eu com os olhos bem abertos a fixar os teus, tu a perceberes que não era brincadeira, tu confuso... a voz a embargar-se... os olhos a ficarem rasos de água e o nosso abraço...
A vida não foi propriamente o que planeámos durante aquelas noites de Verão em que sonhavamos sentados no banco de jardim em frente à minha casa e olhavamos as estrelas... queriamos ter bons empregos, eu ser professora, queriamos ter muitos filhos, eu não ficava bem com menos de 3, tinham que ser 3! Tu rias-te da minha determinação, queriamos casas grandes com animais, que nunca pudémos ter, queriamos tudo, o mundo era nosso!
Agora que vais casar, que a vida não foi o sonho sonhado em tempos passados, mas de que também não nos podemos queixar... convidaste-me para jantar, nada de anormal, fazemo-lo várias vezes, só que desta vez foi diferente... seguraste-me a mão e disseste-me és linda... Obrigado por nunca me teres abandonado... até me assustei! Quero muito que sejas minha madrinha agora que vou casar... desejo muito que estejas ao meu lado, que dances comigo...
lembras-te de quando contemplavamos juntos o céu à noite? Lembras-te das estrelas? O céu hoje já não é assim pois não?
imagem: images.com
20 junho 2006
os dois pratos da balança
Ainda a propósito da conversa que tive contigo... porque nos deixamos levar, eu, tu... até determinado ponto que sabemos de antemão não estar a ser o melhor. Em que momento se dá essa ligação, em que momento a devemos cortar...
"... foi assim que sem querer, sem intencionalidade de tal, decidiu naquele dia mudar o rumo da sua vida.
Não se pode dizer que não houve interferências... a "massa" que nos rodeia acaba sempre por interferir nas nossas vidas, nas nossas escolhas, mesmo sem que nos apercebamos disso, acabamos muitas das vezes por fazer o "socialmente correcto".
Ele ainda tentou ir contra o que os outros consideram correcto, quis dar asas à sua imaginação e desejos recondidos, os mais escondidos... mas sem coragem de correr, rodopiar, se perder... talvez com medo de nunca mais se encontar, decidiu seguir de olhos abertos, coração a bater, com receio de algum encontro inesperado, "lutou" como um valente para conseguir fazer o que não tinha vontade, para seguir o que se tinha imposto e perdeu a possibilidade de conhecer e se dar a conhecer, perdeu-a também a ela, não sei se para todo o sempre, afinal é muito tempo... ela fez o que o coração ou razão mandou, enfrentou todos e disse "... eu fiz assim... está mal? pois está! mas não o conseguiria fazer de outra forma...", seguiu o seu caminho, não sabe o que vai encontrar à frente, não sabe por quanto tempo mais vai esperá-lo com vontade, mas hoje não se sente tão mal, como em tempos se sentiu e acha mesmo que estão predistinados um ao outro, talvez não agora, não aqui... ou talvez amanhã..."
imagem: images.com
01 junho 2006
Aniversario
Sempre adorei os meus aniversários...
Festas das boas, grandes, casa cheia de gente...
Ter ao pé de mim todos os que amo, foi sempre tão importante...
Curioso, como as coisas tão importantes durante 3 décadas da nossa vida, podem deixar de ter importância num só dia...
Nunca chorei de tristeza na véspera do meu aniversário... a véspera era sempre o melhor da festa que é antes de começar...
Hoje gostaria de esquecer que amanhã é aquele dia que durante 3 décadas teve tanta importância para mim...
Gostava muito de adormecer e acordar daqui a uns dias, mas não ter que passar por amanhã...
10 maio 2006
Cronica de um casamento falhado
No dia em que partiram rumo a umas férias e a um País não distante, partiram com a felicidade que parte quem se ama e quer casar. Apesar de viverem juntos há alguns meses o seu desejo de oficializar a relação era grande. Na impossibilidade de o fazerem no seu país, decidiram fazê-lo num próximo, a lembrar o estilo John Lenon e a Yoko.
Quando lá chegaram perceberam que teriam de lá ficar pelo menos 4 dias... naquele dia (sábado) já não poderiam casar, Domingo não se realizavam, segunda era feriado... teriam de adiar para terça.
O que rodeava Gibraltar, não era nada bonito, mas mesmo assim decidiram ficar.
Na volta quando regressam ao carro, percebem que ele não anda, fazia um ruído estranho... carro avariado é complicado... noutro país pior ainda... depois havia a siesta que é quase a tarde toda... a temperatura devia rondar uns 30 e tal graus, eles não dormiam há pelo menos 24 horas, a viagem tinha sido feita de noite e a condução alternada por um e outro, embora tenha sido ele quem mais conduziu, como bons "penduras", nunca dormiram, sempre na conversa o caminho todo enquanto ouviam GNR... começam então os telefonemas, assistência em viagem, assistência para tudo e mais alguma coisa.
Mandam os ir para Algeciras, pertinho... 500 metros e procurar uma oficina, que lá lhes daria assistência (convém adiantar que Algeciras é das cidades em que mais carros são roubados), quando lá chegados deparam-se com um barracão e um toxicodepente com um ar bastante duvidoso, completamente picado em tudo o que era espaço nos braços... desde logo lhes disse que tinha sido o motor de arranque que tinha ido à vida, que só conseguiria ter outro na terça-feira, aquela marca de automóveis não era muito comum lá pela terra e eles Domingo estavam fechados... disse-lhes que lá teriam de deixar o carro até terça e aproveitarem para conhecer a cidade a pé ou de táxi... ela recusou e sugeriu que se fossem embora, mesmo sem motor de arranque... depois de muito discutirem o assunto, decidiram fazer a viagem de regresso sem o tal motor e que era inviável esperar até terça-feira sem carro numa terra daquelas, para isso só seria preciso pôr o carro a andar... isso é fácil adiantou ele, fazemos como até aqui fizemos, tu engatas o carro metes a segunda, pé a fundo na embriagem e eu empurro, quando o carro pegar tu largas a embriagem e aceleras, o que achas? Boa! disse ela, então vamos embora que eu já não posso mais... durante a longa viagem que se avizinhou ela perguntou-se porque teria o motor que ter avariado precisamente no dia em que decidiram casar? Porquê depois de tão boa vontade de ambos, nem uma oficina de jeito conseguiram encontrar? Porquê isto tinha de acontecer logo numa das cidades em que roubam mais automóveis? Parecia o Destino a dizer-lhe não te cases! Pela segunda vez tentaram e não conseguiram... estiveram quase lá... depois dessa tentativa ainda se seguiu outra, mas dessa vez foi pior, morreu uma pessoa o que impediu que o casamento ou a vontade de casar acontecesse. Ela pensou, nunca vou casar com este homem... Irra que isto dá-me azar!
Hoje passados 10 anos estão separados... dirão então vocês, foi melhor assim!
Digo eu... foi uma pena não terem casado, mesmo que depois se tivessem divorciado... nem tudo é para toda a vida, mas os sonhos... ahhh... os sonhos, esses fazem parte de nós e é uma pena quando não conseguimos realizá-los...
imagem: images.com
20 abril 2006
Perfume
"Para ti"
Ela parou o carro, escolheu uma rua não distante do apartamento dele mas de forma a que não fosse possivel alguém associar o seu carro se ali passasse.
Antes de sair do carro ainda se olhou ao espelho, apesar de ser noite e ainda não ser Verão, ela transpirava... o cheiro ao perfume que usava, o de sempre, esse estava infiltrado nas narinas.
Quando chegou à porta da escada sorriu, a porta estava aberta como combinado. Entrou no átrio do prédio e mais uma vez admirou-o, antigo todo em madeira... descalçou as sandálias e subiu as escadas, tinha medo que algum vizinho a ouvisse... quando chegou à porta do apartamento, o seu coração voltou a disparar, a porta estava encostada... ela entrou, olhou em redor e não viu ninguém, agora quase assustada olha para a direita na direcção da sala, eis que ele surge, com dois copos na mão e aquele sorriso...
Ela acorda a suar as "estopinhas", era ainda noite, não se via nada, mas o cheiro a perfume ela sentia-o... acende o candeeiro da mesa de cabeceira o mais rápido que pode, olha para o lado e pensa... estes sonhos andam a dar cabo de mim!
imagem: images.com
23 fevereiro 2006
Para ti
"... Quando parti, não me despedi. Sabia que me iriam tentar convencer do contrário... mas as minhas certezas eram tantas, que não queria ouvir ninguém.
Partiria no dia seguinte para um outro País, onde nada nem ninguém conhecia... avisei de véspera, limitei-me a dizer: amanhã vou embora..., o espanto foi total, mas já ninguém me conseguiu "agarrar", já tinha os bilhetes e malas, poucas com quase nada, a não ser o essencial, nem fotos trouxe... sim, vinha em fuga, não da polícia, mas do que já não acreditava e me fez aos 15 anos tomar esta decisão, mais 15 foram precisos para realizar o sonho antigo, mas sempre fui assim, de ideias e ideais fixos.
Quando cheguei, olhei em redor para o Aeroporto, tão grande, tanta gente, eu ali só, sem destino, sem prever o futuro... nesse momento questionei-me, não vou dizer que não, mas logo tive a certeza de ter tomado a decisão certa. Agora que ali estava, não sabia para onde me dirigir, só tinha comigo uma morada, recordei novamente que neste País não conhecia ninguém...
Nessa tarde de calor, procurei pela morada, como um cego que não vê, cada rua sucedia-se, sem fazer ideia se a próxima seria a tal, sem medo de me perder, segui em frente... foram dias complicados os que se seguiram, não tinha poiso certo, não tinha encontrado a casa onde me sentisse em casa... só tempos depois percebi, que essa casa se chamava lar e isso levaria anos até a sentir.
Enquanto procurava emprego, passava os dias só... até um dia ir na rua e uma rapariga, com cerca de 25 anos me perguntar as horas... de seguida pergunta se sabia onde era a rua que ela procurava, disse-lhe onde era e ela perguntou-me se a podia acompanhar, também ela era estrangeira, disse-lhe que sim e finalmente após uma semana, falei, tinha a voz presa, só aí me apercebi que não falava há quase uma semana... tornámo-nos inseparáveis, penso que éramos a única companhia um do outro.
Arranjei o meu 1.º emprego, passava os dias ocupado, trabalhava com afinco, como se da 1.ª vez se tratasse, dava tudo de mim... depois, no fim do dia, encontrávamo-nos, saíamos... até um dia ela me dizer ...vou embora, vou casar com um Finlandês... fiquei espantado, onde teria ela conhecido o Finlandês, se saíamos sempre juntos? Só depois entendi... despedi-me dela com pena e receio que a vida não fosse o sonho idealizado, a sua busca, o que a fez viajar tantas horas, mudar de continente, que fosse encontrar o oposto do sonhado, temi por ela, ainda lhe disse ...toma cuidado contigo... tens a certeza?... a determinação dela fez-me desejar-lhe boa sorte e felicidades, com toda a minha força e também receio, desejei que assim a minha força e receio lhe fossem transmitidas... "
imagem: images.com
31 janeiro 2006
Perdida!
Ontem recordei os meus tempos de filha única, que fui até bastante tarde.
As intermináveis férias no Alvor, nas mil e uma invenções que criava para afastar o tédio, que era ser sozinha no mundo dos adultos.
Fartei-me de rir de mim, ao recordar que para passar o tempo, me perdia.
Enfiava-me numa mata perto de casa, ía a correr, tapava os olhos, rodopeava e quando destapava os olhos, pensava... perdi-me! Fixe! Depois andava por ali, horas ou minutos, que naquela idade o tempo passa muito devagar...
Lembro-me das explorações que planeava, dos meus piqueniques sozinha, debaixo de uma árvore enorme que me deslumbrava, imaginava-a muito velha, que à sua sombra já se teriam sentado muitas pessoas, todas elas acompanhadas, pensava eu, a maior abandonada do mundo! O piquenique resumia-se a algumas peças de frutas e chocolates que ía guardando para a ocasião. Sempre de livro em punho, na altura lia afincadamente a colecção de livros "Uma Aventura". Tinha uma inveja daqueles putos e das gémeas, sempre a passarem fins-de-semana fora ou férias aqui ou ali. Para onde iam, tudo era uma Aventura! Pensava então no que poderia fazer sozinha para tornar as minhas intermináveis férias numa Aventura, já não digo igual, mas pelo menos com alguma emoção... conhecia a zona que circundava a casa, como conheço as palmas da minha mão. Quando deixei de me poder perder na mata, porque já a conhecia, comecei então a "perder-me" pela vida, ainda tão desconhecida. Curioso que hoje quando parto para uma qualquer "aventura", jamais tapo olhos e rodopio para me perder. Certo é (dizem) que com a idade vamos aprendendo algumas coisas, vamos sendo cautelosos... esquecem-se de dizer para não desaprendermos a emoção que é perder-nos e sentir sem medo o prazer de só sentir...
imagem: images.com
20 janeiro 2006
Carta a outro Pai
Pai, não sei se te lembras de mim... mas sabes, eu lembro-me do teu rosto, do teu sorriso, de quando brincavas comigo e me punhas às cavalitas, lembro-me daquele jogo de futebol, aquele a que prometeste levar-me mas que nunca fomos, não deves ter tido tempo, é isso... eu sei que és um homem muito ocupado, mas eu tenho saudades tuas!
Se calhar achas que agora tenho outro Pai, porque a Mãe voltou a casar, mas não Pai! Não!
Sabes Pai, eu gostava de saber onde vives ou então que desses o teu número de telefone à Mãe, para eu poder ligar e falar contigo...
Sabes... eu tenho muitas saudades tuas, embora sendo ainda pequeno, tenho apesar de tudo memórias tuas, sério! talvez penses que nem me lembro de ti... mas não!
Sabes... tenho muitos pesadelos de noite, sonho contigo, choro, grito... sonho que uns ladrões te estão a levar e que por isso não podes vir ter comigo, é isso Pai?
Pai... tenta-te soltar desses ladrões, para me poderes vir ver, tenho tantas saudades tuas, penso tanto em ti... esses ladrões devem ser muito maus! Eles roubam o tempo...
Há Pais assim...
Escrevo isto em nome de alguém, que embora não sendo "meu", não me consegue deixar indiferente.
imagem: images.com
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