17 outubro 2007

Carta a "ele"






"...Naquele dia ela não levava o vestido, aquele que é suposto levar em dias com o principio daquele, também os sapatos eram normais, e nem sequer foi ao cabeleireiro.
Trocaram alianças sentados à mesa, o impacto não deve ter sido mesmo que trocá-las em frente a uma centena de pessoas, mas o príncipio era o mesmo.
A ideia era ser Feliz, somente e nada mais.

Cresceram juntos, mas em direcções opostas.
Ela sempre soube que não eras "fácil", que tinhas um feitio difícil.
Não te davas facilmente com os outros, sempre mostraste a tua agressividade e ela sempre a viu, penso que nunca se sentiu enganada afinal ela dizia conhecer-te como as palmas da sua mão.

Magoaste-a muito com o teu despeito por ela e depois com a tua falta de respeito.
Talvez por ela não ter levado o vestido, permitiste que a tratassem como a "sopeira".
Um dia ela fartou-se!
Quando se fartou disse-te, mas tu, que vives num mundo só teu, não entendeste, preferiste então fazer como em tudo na tua vida, fazer de conta que nada se passou nem se disse, assim pode ser que passe.
Ela fartou-se mais umas quantas vezes. Verbalizou várias vezes. Tu repetiste tudo as mesmas vezes.

Terminar a relação de uma forma civilizada foi o "cabo dos trabalhos", porque faltava civilidade da tua parte.

Ele fez sempre chantagem emocional, ameaças e quase desgraças.
Tocou sempre no ponto que sabe ser o seu mais fraco.
Sempre soubeste que por muitos defeitos que ela possa ter, nunca foi injusta, a injustiça dá cabo dela!

No meio de todas as chantagens e ameaças, lá andava ela, sempre a tentar proteger o "seu lado mais fraco" na tentativa de o proteger, da dor, do sofrimento, talvez da realidade... teimosa, ela sempre acreditou que o "seu lado mais fraco" tinha de ser protegido ainda que ela fosse atingida.

Fez concessões e permissões, que pensava serem boas para os dois... percebeu depois que afinal eram três... se calhar ela também conta... ou talvez não...
Quando pediu para também ser feliz, não acharam importante... quando pediu para serem os três felizes, achaste que não, que assim os dois estão bem e que ela... bem ela, serve de "polícia", cozinheira, passadeira e carrinha da escola durante a semana, que o melhor é ao fim de semana (no que lhe "pertence", porque o outro é teu) ficar a descansar da semana exaustiva que tem!

Ela desta vez não concordou...
Fez-te frente, disse-te: "não pode ser!".
Tu largaste o animal que há em ti.
Gristaste, insultaste, agrediste, ameaçaste... tudo isto em frente ao "seu lado mais fraco".

Ela chorou tanto... choraram tanto...
Teve de explicar algumas coisas ao "seu lado mais fraco"... doeu-lhe tanto... dói-lhe tanto! Teve de fazer o que sempre evitou, desta vez não te pode proteger.
Tornou-se urgente proteger-se a ela e a ele.

Disseste coisas tão feias! Ameaçaste com mentiras tão feias...
O que mais lhe dói foi ele ter visto, ter sido por nada, não teres razão absolutamente nenhuma...

Agora, está toda dorida... fala pouco, acho que o seu olhar perdeu aquele brilho que conhecemos. O seu sorriso... nunca mais o vi... deve ter perdido alguns anos de vida... mas sabes, acho que ela não se importa.

Custa-me ver-te jogá-lo contra ela, deturpar a verdade... custa-me ver a chantagem emocional que fazes com ele.
A ela dói-lhe não saber como ele está, porque embora a seu lado, existem coisas que ele não fala, ela sofre horrores por não saber o que vai naquela cabecinha... às vezes parece-me que está revoltado com ela... talvez ache que ela poderia ter permitido, ter feito de conta que não tinha acontecido, mas continuar amiga do Pai.

Não sei se ele um dia vai compreender ou não (a mim parece-me fácil entender), não sei se ele a acha má, não sei...
Porém ela tem a certeza que foi justa.
Quase que pediu a morte... mas não aguentava mais esta pressão psicológica.

Parece-me que ela sente que lhe arrancaram um qualquer membro essencial para o seu bom funcionamento.
Sente-se triste, mais que triste, talvez o último ser ao cimo da terra...
verdade é que te quer perdoar, que quer Paz e que fiquem todos bem, mas é verdade também que acredita que não mudarás e a sua vida será sempre mesma...

Verdade é também, que naquele dia não era preciso levar o vestido... tudo se resumiu a uma escritura, de uma simples casa..."

10 setembro 2007

O amor...


"Namoram" desde os dois anos. Desde que aprendeu a falar que me lembro de ouvir dizer que a I. era sua namorada.
Mudaram de escola. A I. primeiro e ele no ano seguinte. A separação foi difícil, sofreram ambos com a distância que travaram.
Um dia recebo um telefonema, era a Mãe da I., perguntou se não seria possível promover um encontro entre eles, tipo visitarem-se em casa um do outro. Dizia-me a Mãe dela, que sabia que a filha sofria, mas em silêncio. A Mãe da I. ainda adiantou que ela quando se sentia mais triste calçava umas meias do G. que uma vez trouxe cá de casa.
Concordei inteiramente com ela, sentia o meu filho triste, embora não verbalizasse.
A I. pediu à Mãe para falar com G. (meu filho) ao telefone. Adianto, que tendo eles apenas 5 anos (com 10 dias de diferença), foi um momento no mínimo intenso... A I. do outro lado só conseguiu verbalizar: "Tenho tantas saudades tuas... gosto tanto de ti..." - Deste lado, vi um menino com os olhos rasos de água... eu, saí do quarto, achei o momento demasiadamente íntimo, para que ali permanecesse.

Por essa altura a juntar à separação de ambos, havia também a separação dos Pais, que tinha sido recente. A data da separação dos pais da I. coincidiu com a minha com o Pai do G.

No ano seguinte ficaram juntos finalmente. Na mesma escola e sala.

Ontem disse-me que queria oferecer uma prenda à I., embora não sendo o seu aniversário, disse-me que tinha vontade de lhe dar algo.
Eu que tinha comprado uns ganchos todos "In" para mim, perguntei se queria oferecê-los à I., que depois comprava outros. Olhou-os e disse-me:
- Não a I. não vai gostar! Não!
- Porquê? são giros!
- Ela não usa ganchos! Não é vaidosa como tu!
- Desculpa...?
- Sim... não é assim como tu, tás a ver Mãe...
- Por acaso não... mas tá bem... só pensei... como também têm cabelo comprido...
- Pois... Não!
- Ok! Ok!
- O que queres dar então?
- Um anel!
- Um anel?!
- Ó Mãe... tu não ouves bem pois não?
- G!!!!!

Com todo este amor, são com toda a certeza merecedores de dar e receber o tal anel que vamos comprar amanhã...
Para eles, os meus beijos, abraços e aplausos... é que eu já me havia esquecido de amores assim...
sem dúvida que a maior dádiva da minha vida foi ter o meu filho... ele ensina-me tanta coisa...

28 agosto 2007

à distância de um olá...


"...vejo alguém passar. Há muita gente eu sei, mas pareces tu... ía jurar que eras tu! Procuro-te com o olhar, com a cabeça às voltas de um lado para o outro. Só vejo "pedaços" de alguém, que creio (quero crer?) seres tu. O cabelo... sim és tu!Uma multidão tapa-me a visão, e rodeia-te, merda! Não consigo ver! Abre-se um espaço entre a multidão. Olho com atenção, consigo ver partes do cabelo que me parece o teu, vejo o vestido... sim, mesmo o teu género. Tento sentir o cheiro no ar... Nessa altura levanto-me. "Tu" afastas-te. Tento reconhecer as pessoas que estão em volta... não reconheço ninguém. Não, não podes ser tu, se fosses, reconhecerias a minha presença no mesmo espaço. Por essa altura, começo a pensar se poderias estar ali aquela hora, que dia da semana é? Tento aproximar-me mais, o meu coração começa a bater mais forte. Enerva-me ficar assim! Não entendo porque estou assim! Nervoso! Porque é que fico assim? Alguém me puxa o braço, lembro-me então que estava acompanhado.
Olho novamente... perdi-te de vista. Vejo-te lá mais ao fundo, deixo a minha companhia e vou em "tua" direcção. Há muita gente, e não consigo lá chegar depressa como queria... acelero o passo, empurro algumas pessoas. Pelo caminho paro e penso... e se fores tu? o que vou dizer? Precorre-me um arrepio, algo familiar... o teu cheiro, pareceu-me juro...
Fico parado, com o coração aos pulos, baixo a cabeça e não olho mais.
Volto para o meu lugar, para a minha companhia. Não consigo dizer mais nada de jeito o resto da noite. Mil e uma lembranças percorrem-me os pensamentos. Relembro tanta coisa... tenho saudades. Olho à volto e nada faz sentido. Não me consigo conter e olho novamente para o sítio onde estavas, já não estás lá... e se fosses tu? Vou a correr em direcção à porta, saio sem pedir licença. Cá fora há muita gente, mas sinto que "tu" já não estás lá... Volto para o meu lugar e fico o resto da noite a pensar... serias tu?"

15 agosto 2007

o meu sorriso...

"Sorria, ainda que o seu sorriso seja triste,
porque mais triste que o seu sorriso triste,
é a tristeza de não saber sorrir..."


É este texto que recordo desde sempre, quando não me lembro onde deixei o meu, a minha Mãe, tinha por hábito repetir isto a sorrir, quando não me via sorrir...


Quando te vejo, nunca te vejo sozinho. Trazes contigo a sombra do que conhecemos em comum.
Difícil estar ali e não perguntar.
Verdade que não me apetece falar sobre o que me doeu... sei que por mais que explique, vamos sempre dar no mesmo, e hoje o tema parece estar descontextualizado no tempo. Agora ficamo-nos pelo: "...sabes como penso...".
Vem sempre aquele momento em que fica o silêncio... eu respondo em monosílabos: "...sim? ainda bem..., espero que tudo corra bem...". Não consigo verbalizar mais que isto. Curioso é, que consigo escrever sabendo que possivelmente me vão ler...
Mas sabes? Tenho saudades nossas, das nossas gargalhadas, das nossas saídas, das tuas peripécias, que nos faziam chorar a rir. Hoje estive quase para te perguntar, se o tens visto a rir, mas depois achei que não devia, a conversa podia prolongar-se para temas que não queria. Preferi então ficar calada e imaginar que sim...

03 agosto 2007

coincidências...

Fui ali mais ao canto.
Pesquisei durante noites, entretia-me pelo meio da pesquisa com coisas que ía vendo. Ía conversando sem muito tempo. No fim, quando o sono me lembrava que no outro dia teria de madrugar, lá me ía deitar.
Houve quem estivesse sempre comigo. Houve inclusivamente quem chamasse a esta ajuda que me dava, como de "auto-ajuda". "Eu ajudo-te a ti e tu ajudas-me a mim... :)" achei este termo o máximo!.
Penso que terá sido por essa altura, numa dessas noites de pesquisa, que o terei encontrado!

Curioso será lembrar a data de ínicio... o mesmo dia que há um ano atrás mudou a minha vida, o dia do acidente...
A vida é cheia de coincidências... para quem acredita nelas! :))

28 julho 2007

As 7 maravilhas!

Respondendo a mais um desafio, desta vez, pela minha amiga Sonoscredita (sim... que eu não fui embora! Só me ausentei! :) )

1 - Amar
2 - Ser Feliz
3 - Sorrir, gargalhar
4 - Ser Mãe
5 - Dançar
6 - Sentir conforto
7 - Fazer amor! (ops! :) )

Não estão propriamente pela ordem que considero mais importante, mas complementam-se!

:)))


P.S. sei que estou em falta com as visitas aos outros blogs. Prometo que logo que possa porei em dia a leitura!

05 julho 2007

Dia 12, na Fnac do Chiado!

António Paiva ou Os meus Livros


































No dia 12 de Julho, pelas 18h30, o António, aqui da "janela do lado", vai estar na Fnac do Chiado, a lançar o seu 2.º livro!
Eu vou fazer os possíveis, para lá estar!
Já comprei o 1.º livro. Agora quero o 2.º, com autógrafo na hora!:) Quero também a oportunidade de o conhecer pessoalmente, tarefa difícil, para quem vive tão longe.
O evento será carregado de emoção e sentimentos, bonito, ali ninguém ficará indiferente. Aliás à semelhança, do que se passou, no lançamento deste mesmo livro, nos outros locais, por onde tem passado.
O Convite estende-se a todos, os que lá possam ir.
Com certeza, será um final de tarde, bem agradável!

28 junho 2007

Me and Myself Together!















Andámos a dançar pela casa fora. "Scissor sisters", "I don´t fell like dancing", bem à anos 80! Até fui buscar umas argolas, daquelas em plástico, como se usava. Faltou-me mesmo a saia de folhos, e assim mais umas coisitas! Mas pronto, a malta desenrascou-se!
Andávamos, eu e ele a pavonear-nos pela casa. Eu entusiasmadissima, a reviver em força os anos 80! Uau!
Ok! Confesso que as argolas estavam a ajudar!
Ele ria-se que se fartava! Desconfio que estava a "gozar" comigo! hum...
Quando, o meu menino de oiro, super entusiasmado, já a passar-se completamente dos carretos! (nunca o tinha visto assim!) tadinho! De facto quem sai aos seus... "não é de genébra!". Começa a cantar na música que se seguia, que era instrumental, a seguinte letra:
- Me and Myself... tralala, Me and Myself... tralala, together... together... all together!
Ouvi... não percebi bem, perguntei:
- o que é que estás a cantar?
- é uma música minha!
- ahhhh... fixe!!! tens músicas tuas? muito bem! então, e não dizias nada aqui à Mãe? sabes o que é que isso quer dizer?
- Claro! eu escolhi as palavras!
Pensei: Tenho um génio aqui em casa e não sabia! Onde é que eu ando com a cabeça? Meu Deus!
- Sério? então diz lá!
- Eu e eu mesmo, juntos!
- ahhh... muito bem! e olha lá... tu ouviste isso nalgum lado... que eu acho que me recordo disso!
- Não me lembro...
claro...
- e já agora, porquê essas palavras? tu achas que és assim? Eu e eu Mesmo, juntos???! (fogo!)
- Sim, Mãe, eu e eu mesmo, sempre juntos!
- és o máximo!!
- sou mesmo Mãe!

Fogo! um bocadinho de humildade, não lhe ficava mal... mas não lhe posso exigir mais! quem sai aos seus...

P.S. de seguida colocámos novamente os "Scissor sister's", em modo "repeat", e lá andámos a cantar e dançar até... termos de comer! :). Tenho que aproveitar, que isto daqui a dois anos (no máximo), deve acabar-se!

22 junho 2007

Sonhos menos bons...











Sonhos que se confudem com a realidade...

"Calculo que seja uma cidade, tem várias avenidas e ruas, que se cruzam entre si. Parece-me bonita, no geral.
Tenho que escolher uma rua, para prosseguir o meu caminho.
Escolho uma avenida, a das árvores, sempre gostei do verde... ainda penso: que pena o mar não estar perto.
Não me consigo manter na avenida que escolhi, a tal das árvores. Dizem que é perigosa. Passo então, para uma outra rua, mais feia, com menos que se ver, mas mais segura. Enquanto faço o meu caminho, traço o meu destino. Passo o meu tempo. Farto-me da rua segura e volto à avenida escolhida, a tal das árvores. Percebo que não consigo ser feliz, na outra, a tal, que dizem segura. Tenho entretanto outra alternativa. Passa por abandonar a Avenida que tão bem conheço e todas aquelas ruas paralelas, para partir para uma outra cidade, com ruas e avenidas desconhecidas. Para tal, tenho de abandonar, toda a minha bagagem. Não, não se trata somente de objectos, mas também de pessoas, bens preciosos! Sinto que é urgente fazê-lo, tão urgente quanto doloroso. Nesse momento, chego a uma encruzilhada, mais uma da vida... tenho de decidir. Não posso lá ficar eternamente. Não consigo decidir, não consigo partir... mas sinto que o tempo passa, a vida passa por mim e eu... eu tenho de ir..."

19 junho 2007

Eu...

Tinha um comentário no post anterior do IVO, que me convidava a ir ver, o que me tinha deixado no blog dele...
mais um desafio!

Eu quero: ser feliz!
Eu tenho: sonhos, medos...
Eu acho: nada! nunca acho nada! :)
Eu odeio: que me enganem, hipocrisias, injustiças, esperar, indecisões.
Eu sinto: que isto vai ser difícil! :)
Eu escuto: mega fm!
Eu cheiro: a "premier jour".
Eu imploro: que me paguem!
Eu procuro: sempre, mas sempre, o telemóvel, as chaves de casa...
Eu arrependo-me: do que não fiz!
Eu amo: o meu filho! o meu homem, e os meus amigos!
Eu sinto dor: e saudade pelos que partiram.
Eu sinto falta: de ti!
Eu importo-me: com tanta coisa...
Eu sempre: fui rebelde!
Eu não fico: calada, quando posso falar!
Eu acredito: que vou ser muito feliz!
Eu danço: muito! adoro dançar!
Eu canto: mal... muito mal!
Eu choro: de tristeza ou felicidade, minha ou dos que amo...
Eu falho: bastante!
Eu luto: todos os dias!
Eu escrevo: o que sinto, quando me apetece.
Eu ganho: quase sempre a jogar às cartas!
Eu perco: canetas e isqueiros!
Eu confundo-me: com a ruas, tenho um sentido de desorientação, fantástico! :))
Eu estou: quase a acabar!!!
Eu fico feliz: com muita coisa!
Eu preciso: que me saia o Euro milhões! em alternativa, que chegue o IRS!
Eu deveria: ser menos exigente.
Eu sou: assim!
Eu não gosto: de muita coisa!


Agora é aquela fase chata... ter que passar a alguém!! desta vez, não vou passar a ninguém. Quem quiser, sinta-se à vontade para fazer! :)) beijinhos!

06 junho 2007

crianças desaparecidas!

não custa nada ver...

04 junho 2007

No sábado...
















Fui pequenina...
com a birra, não cantei os parabéns!
Para o ano...
diga lá, 33 outra vez! ;)

01 junho 2007

Voltei!!


Tive que sair, afastar-me.
Pensei não voltar mais.
Mas a vontade e as saudades, deste meu espaço.
De todos os que aqui vêm, mesmo somente ler-me, foi mais forte!
Venceu!
Afastei-me o suficiente, para poder voltar!
Desculpem a trapalhada...
Perdi algumas coisas pelo caminho... nomeadamente links!
Se o vosso não estiver aí, lembrem-me! :)

Estou cá de novo! :)

06 março 2007

Herrar é umano...?















Sei que errar é humano... e quando erramos com os nossos filhos?

Quando fiquei grávida, o sentimento foi estranho, era como se não fosse possível... nunca antes tinha estado grávida e imaginei que fosse sentir algo. Não sentia nada... estava como ontem. Acreditei no resultado da análise quando fiz a ecografia e ouvi o teu coração bater. Desde esse instante a minha vida mudou, certamente que mudou também para o Pai.
Durante a gravidez, fiz tudo, o que é suposto e bom uma grávida fazer, o único senão foi ter trabalhado demais e até ao último dia.
Li tudo o que havia, acompanhei o crescimento da minha barriga pelos livros, contava as semanas, "punha-te" a ouvir música... embora ainda não te tivesse visto (não era preciso), tu eras "meu"! Senti o que ouvi toda a vida as Mães dizerem, que daria a minha vida por ti, sem pestanejar.
Nasceste, o sentimento é indescritível, sabem os que o vivenciaram, não vale a pena, nem dá para explicar... foste crescendo, com todas as dúvidas tuas e certamente muitas nossas.
Ficámos "sozinhos" os dois... os erros que possa cometer, já não são divididos a dois, mas individualmente, às vezes fazia falta lá o Pai, tenho que confessar que sim... o teu manual de instruções não me foi entregue, devem tê-lo perdido algures e eu não sou perfeita...
Há dias atrás, não te soube compreender, senti-me magoada... a vida às vezes não ajuda, nem todos os dias estamos bem, nem todos os dias compreendemos, nem todos os dias conseguimos o que nos propomos... não é preciso chapada, nem palmada para doer... e a nossa troca de palavras doeu mais... a mim doeu mais do que qualquer tareia que me pudessem dar... senti-me tão... senti o chão a fugir e tu a ires com ele... deve ser por te amar tanto, por te querer tanto...
Já conversámos longamente sobre isso, explicámos a nossa reacção e porquê... tu no auge dos teus 8 anos e eu nos meus 32, reduzindo-lhe alguns (os que me foram possíveis), para chegar à tua idade... Já me pediste desculpa, eu já te pedi perdão... mas contínuo com aquela sensação de erro, que errei, falhei, esqueci-me na altura, porque fiquei ferida, que só tens 8 anos... se calhar estou a exagerar, esta mania de querer ser perfeita, faz sofrer...
A Mãe anda tentar perdoar-se...
enquanto isso espero que me perdoes...

01 março 2007

Parabéns Mãe!












Não nasci numa família tradicional, ou melhor nasci, mas não cresci...
Fui educada por 3 mulheres, numa casa em que eu era a quarta.
Quatro gerações de mulheres, todas diferentes, todas muito parecidas.
Quando tinha 10 anos, a matriarca da família morreu, a minha Bisavó, dando assim lugar à sua sucessora, a minha Avó, tão amada.
Engraçado que até os lugares que ocupavam no sofá e à mesa foram alterados, passando a minha Avó a ocupar o lugar da minha Bisavó.
Não éramos "vulgares" por assim dizer. Não éramos fechadas e a nossa casa apesar de lá viverem só mulheres, era uma porta aberta a amigos.
Os Aniversários eram do melhor, talvez por isso sempre tenha adorado fazer anos. Os Natais eram como já relatei noutro post, cheios de amigos, que se juntavam lá em casa.
A minha Mãe tinha uma relação tão boa com os meus amigos, que eles chegavam a passar serões com ela mesmo eu não estando. Sempre que ía para a Praia, enchia o carro com amigos meus, que adoravam a companhia dela.
Foi convidada para o casamento de todos eles.
Como em todas as relações, a minha com a minha Mãe, nem sempre foi fácil, temos pontos muito parecidos e outros discordantes.
Com os anos mudámos. Valorizámos e verbalizámos coisas que antes não haviamos feito.
Engraçado que como Mãe e fiha, não temos segredos... se tenho um namorado conto. Quando vamos jantar fora as duas, falo-lhe do que sinto, a minha Mãe aceita sempre, alertando de uma forma "soft", para isto ou para aquilo, não é controladora. Acho que de facto, pensando bem, sempre confiou muito em mim, desde pequena.
Hoje e sempre tenho um imenso orgulho da minha Mãe. Exemplo vivo para mim de mulher que lutou a maior parte do tempo sozinha, mantendo os seus principios. Independente, decidida, não faz ideia do quanto eu também me preocupo com ela...
Hoje faz anos...
Hoje (e sempre), só quero dizer que te Amo, pilar da minha vida...

26 fevereiro 2007

Felicidade...
















Hoje não acordei com aquela força... hoje acordei nostálgica, melancólica...
Enquanto bebia café, pensava se haveria alguma forma mágica de voltar atrás no tempo... queria tanto!

De facto há pessoas que passam pela nossa vida e não fazem a menor ideia da saudade que deixam, de como nos marcam.
Verdade também que não sabem o impacto que as palavras delas provocam em nós. As alterações a que nos sujeitam.

Guardo uma imagem de um instante de felicidade que me persegue, quando me sinto assim.
Lembro-me de ti a chapinhares os pés na água, de me ter sentado ao teu lado e me teres dito "... se isto não for felicidade... o que será?..."
Ontem disse-te que tinha medo de nunca mais voltar a ter tempos como aqueles... curioso, que se considero aquele ano o pior da minha vida... como o posso também considerar um dos mais felizes?
Hoje disseste-me que ficaste triste, quando te disse que receava nunca mais ser feliz assim, ter perdido algures pelo caminho a minha capacidade de acreditar e querer, como sempre tive...

Verdade que amo aqueles que estão guardados aqui, no canto esquerdo...
Verdade também que há tantas formas de amar...
mas hoje... hoje não sei...


imagem: www.images.com

15 fevereiro 2007

Sem palavras...




















Não consigo dizer nada...
isso de que falas,
traz-me recordações de coisas que preferia esquecer,
de coisas que ainda doem,
decisões tomadas,
medidas precipitadas.

A tua dor funde-se na minha,
e as recordações que pensava esquecidas,
voltam a abrir a ferida que afinal ainda cá está,
há um elo de ligação entre nós,
que nos faz viver vidas parecidas,
e que teima em lembrar o que pensava esquecido.

Desculpa, mas não consigo falar...


imagem: www.images.com

Nem tudo o que parece... é!















Dia dos namorados

Parte I

- Olá... liguei para desejar um Feliz dia dos Namorados!
- Ohhh... lembras-te?
- lembro!
- Quando eras pequena oferecia-te sempre uma prenda no dia dos namorados... Eras a minha "namorada"...
- Lembro Mãe...
Então e agora não tens nenhuma prendita para mim? hã?
- ahahahahah!!!
- A tradição já não é que era... não há condições!
ahahahahahahahahah!!!


Parte II

- Olá meu amor!
- Olá minha querida!
- Já alguém te ligou hoje a desejar um Feliz dia dos Namorados? hã?
- Não...
- Então eu estou a ligar... Feliz dia de S. Valentim!
- Óhh querida, para ti também!
- Sabes... é que tu és o melhor namorado sem nunca o ter sido que alguma vez tive!
- ahahahahah!! Passamos a vida a "namorar"....
ahahahaahahahahah


www.images.com

08 fevereiro 2007

vou contar-te um segredo...









" ...depois vais-lhe contar...
- não vou nada! juro!
- sabes muito...
- sou um túmulo...
- então só te conto um pedacinho!
- tá bem!"

"ele vai agarrrar a mão dela, quando ela menos esperar,
e fazer-lhe uma festa,
ela vai ficar encavacada...
depois, ele olha-a muito seriamente,
e aproxima-se dela,
quando está a quase a beijá-la...
ele desvia-se,
e diz-lhe ao ouvido,
tinha saudades de encostar a minha cara à tua..."


imagem: www.alamy.com

26 janeiro 2007

Bailarina








- Hoje sonhei contigo...
- comigo, foi? ahahahah! e então?
- Não te rias que me fartei de chorar!
- Se é desgraças nem me contes!
- Não...

"Sonhei que o ... se ía embora, estava no aeroporto a despedir-se e se agarrou a mim a chorar compulsivamente, dizia que não queria ir, que te amava, que tinha saudades tuas. Eu ligo-te e tu vens a acelerar. Quando chegas vocês abraçam-se e choram, foi aí que comecei a chorar...
Depois é o vosso casamento, eu sou a madrinha e pergunto à tua Mãe, vão casar? ela não me disse! A tua Mãe diz que sim, mas que tu não tens sapatos. Eu vou então comprar os sapatos e decido comprar-te uns daqueles sapatos de bailarina, cor-de-rosa, que atam na perna. Na imagem seguinte vejo-te a entrar na igreja, linda! com um vestido e com aqueles sapatos... ao fundo ouvia-se a música dos "gift", "uma estranha forma de amar" e eu desatei a chorar compulsivamente!
Quando acordei, o sonho parecia-me tão real que contei ao ..., ele começou a rir. Disse-lhe que não entendia o porquê dos sapatos de bailarina, ele disse: Ela têm cara de bailarina..."

P.S. Depois tivemos de desligar porque ela estava a ficar sem saldo... eu com cara de bailarina...? a mim ficou-me a ideia dos sapatos...

24 janeiro 2007

coisas simples...















"...a paciência é um atributo dos génios..."

"...Se é para esperar a gente espera...a lição do momento é contradizer o dito, "quem espera desespera"...ou reforça o dito "quem espera sempre alcança"..."

"...E esperando, esperamos, o caminho para aquele sitio paradísiaco por vezes tão árduo, que quando lá chegamos perdemos a capacidade de o usufruir..."



Porque as coisas simples, ou aparentemente simples, são as mais difícieis de conquistar...


imagem: images.com

19 janeiro 2007

Filha...



















"Tenho saudades tuas. Minhas? Mas vimo-nos tantas vezes. Não meu amor, tenho saudades de quando eras pequena, com o teu cabelo lourinho e os caracóis que tinhas nas pontas, que depois com as minhas manias curtei... arrependo-me tanto... curtei-te a moldura da alma! Parecias um anjo. Eras tão linda! Eu sei que achamos sempre os nossos filhos os mais lindos, mas tu eras mesmo bonita. Ainda hoje és, mas hoje és uma mulher, naquela altura eras só minha, do Pai e da Avó.
Começaste a crescer e nunca assumi... mas eu achava-te uma graça! Sempre com o nariz levantado, sempre com a resposta na ponta da lingua, muito decidida, eras uma peste...
Mãe... estou a começar a chorar... Não chores S. estou só a recordar.
Hoje estive um tempo perdido a olhar para a tua foto... aquela que tenho na moldura, sabes? sei Mãe... lembrei-me da lata que tinhas. Sei que não te lembras, mas eu lembro-me, devias ter uns 2, 3 anos, fomos passear, tu viste um miúdo de bicicleta e pediste-lha, porque teimavas que querias ter uma! não Mãe, não lembro... Pois eu não me esqueço... que vergonha... lembras-te numa viagem que fizemos de autocarro, tu com aquele teu ar desprotegido, que punhas quando estavas aflita, teres pedido a um rapaz para te arranjar os "phones" que estavam avariados? Devias ter uns 10 anos e ele muito mais velho que tu. Acho que o rapaz achou graça, e lá te arranjou a giringonça!
Mas sabes do que tenho saudades? de quê Mãe? de te ver feliz... eu sei que és naturalmente feliz, não sei a quem saíste... mas tenho saudades da minha filha, com mil e um projectos, que queria ter mais filhos, que queria encontrar o "principe", tenho saudades dessa S., tenho saudades de quando me deitava e sabia que tu estavas bem... hoje deito-me e não sei como estás... sei que não podes prometer, mas pelo menos diz-me que vais tentar voltar a ser a minha S..."


Esta era a conversa que precisava ontem...

10 janeiro 2007

Furo do inicio do ano!







Comecei...
com aquelas merdas que só me acontecem a mim!
Um furo às 7h30 da manhã, com uma carrinha que tem um peso monstro!
Ok, teoricamente sei mudar um pneu, mas na prática, não tenho força!

O que é que faz uma gaja às 7h30 da manhã com um pneu furado, em pleno trânsito, a chover?

eu sei...
molha-se!
pega no telemóvel e liga para o amigo mais próximo;
ouve uma "rebocada";
espera que ele chegue;
faz a melhor cara de desculpas que conseguir arranjar e acrescenta:
"desculpa lá... deves ter apanhado um trânsito...! acordei-te?!"
chega ao emprego encharcada! e ainda têm de ouvir aquelas bocas...
"mulheres ao volante..."
Tudo isto porque não tenho força...

Não há pachorra!


P.S. Obrigada amigo! Apesar dos gritos, eram dispensáveis! Deve ter sido falta de açúcar no sangue...


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08 janeiro 2007

O Nó...


















Naquela noite fria, Lisboa lembrava-nos que o Natal estava perto.
Ela estava triste, sabia que mais um fim se aproximava.
Desde sempre tentou dar um rumo há sua vida, tentou com as forças, as que ainda tinha, começar de novo, tentou acreditar. Quis. Amou.
Naquela noite ao passar pela praça do comércio, viu a Árvore de Natal, a ser montada.
Uma lágrima ainda teimou em cair.
Recordou o ano que passou. Recordou com nostalgia, o Natal passado.
Recordou ele e o menino, os dois, de mãos dadas, ele a pegar-lhe ao colo para ver melhor a árvore, a cumplicidade dos três. A importância que tinham na vida um do outro e o medo, sempre o medo. Talvez não de ser infeliz mas de ser feliz. Recordou depois as suas escolhas... a tristeza e a mágoa que acarretaram as mesmas.
Algures, lembrou-se também, da nova tentativa em vão que fez para ser feliz.
De como a vida é engraçada e nos prega partidas.
Sabe que a vida é um círculo, às vezes fechado.
Pensou se teremos sempre retorno de todas as coisas más que fazemos, mesmo sem intencionalidade de tal...
Ela tem um nó na garganta, há muito... penso que nunca admitiu porquê... não consegue seguir em frente, como se tivesse fechado uma porta.
Independentemente do que sente, sabe que a sua escolha foi irreversível, o nó que teima em não sair, mostra-lhe isso todos os dias...


imagem: images.com

05 janeiro 2007

Para quê simplificar quando...















se pode complicar? né verdade?

Se não vejamos...
Eu até tinha um cabelo giro, até nem estava mal...
Como sempre, cheia de ideias geniais, resolvi mudar o look!
Vou ao cabeleireiro. Ele só cá p'ra nós, também é um gajo cheio de ideias...

- O. quero mudar de visual, estou farta deste cabelo (típica conversa de gaja, que está farta de estar bem...)
- Ó miga, vamos a isso!

Aqui comecei a ficar receosa com a segurança dele...

Disse-lhe que queria mudar um bocado a cor, estava muito loura, mas para ter em atenção o facto de nunca ter sido morena (não vá o diabo tecê-las... e o gajo distrair-se!)

- Vou-te por linda!
pronto! foi neste momento que comecei a tremer!
Eu que nem me costumo "entregar" assim... "entreguei-me" a ele de coração aberto:
"Estou aqui O. faz o que quiseres de mim..." (o gajo é de confiança)...

Uma hora depois saí de lá uma nova mulher...
Passei por uma montra e assustei-me, pensava que me andavam a seguir...
Vou buscar o meu filho. Olha para mim desconfiado...

- então amor, gostas?
- ahhh... ehhh.... hããã...
- então não me digas que não gostas (mas não digas mesmo!!!!!)
- gosto Mãe... mas...
- mas o quê?!
- pareces outra pessoa...

Confirma-se! Quando não tenho problemas arranjo!

imagem: images.com

04 janeiro 2007

Passagem de Ano!!!!
















Primeiro éramos vários, pelo mês perdemo-nos, até que me esqueci que havia a passagem de ano... ficámos resumidos a dois! dia 31 ligo-lhe...

- então amiga linda, o reveillon?
- ah, eu fico aqui com os meninos e brréubéubéu pardais ao ninho....
- Tás maluca? Então vens cá!
- Não...
- Pronto, tá bem, então eu vou aí!
- Sabes onde me apetecia ir?
- À Praia?!
- Sim!
- Bora! eu arranjo as coisas!

E metade dos meus sonhos realizaram-se...

......

- Vamos chegar depois da meia-noite...
Ele não diz nada, os meninos não usam relógio e ela com aquele ar que tem de descontração completa, cabelos ao vento, olhar profundo, sorri...

silêncio

ao fundo vê-se uma fila de carros... digo-lhe para virar logo ali...
- Ali, naquela rua não há lugares!!
- Há, há....
- Olha que não, aquilo deve estar cheio!
- Não...
- E depois não posso! tenho de ir lá abaixo!
- Mas já só falta um minuto para a meia-noite...
- Pois... é as tuas ideias geniais!

Começamos a ver fogo de artíficio, dizemos aos meninos para olharem (através do vidro do carro) a nossa posição não é muito favorável... temos de nos torcer todos! Não sabemos que horas são, desejamos Feliz Ano Novo antes a meia-noite, pensando já ser... ligamos o rádio. Passado cerca de 2 minutos o locutor, faz o 6, 5, 4, 3, 2, 1!!!!! Desejamos novamente Feliz Ano Novo, todos ainda dentro do carro e na dúvida de qual seria a hora certa (não estivesse o locutor enganado...).
Digo-lhe, para virar, se não ficamos ali a noite toda.
Ele lá se decide (desconfio que já não me podia ouvir, a pressão era muita!), faz inversão de marcha, pisa um traço contínuo... pergunta-me:

- Então e agora?
- Agora viras aqui à direita e desces a rua...
- Desco a rua toda?!
- Sim, lá ao fundo há sempre lugares!
- Deve haver...

Descemos a rua. Quando constatamos que de facto não havia lugares, eis que sem tempo para mais nada, vemos uma multidão de gente vir na direcção do carro, que estava naquele momento literalmente entalado! O carro e nós! Eu em particular porque fui a autora da ideia...
Foi aí que pensei: A avaliar pelas centenas que aí vêm... o fogo de artíficio deve ter sido espectacular... deve... deve...
Ficamos cerca de 20 minutos a ver o maranhal a passar e a dizer umas coisas estranhas que me pareciam insultos...
Até que ele disse:
- Só falta vir um gajo numa cadeira de rodas...

não passaram 2 minutos, lá apareceu um... nesse momento comecei a rezar... o Sr. conseguiu passar! Ufa!!!

- pronto se aquele passou, passam todos! Amanhã quero é ver o meu carro... TODO RISCADO!

Passados 20 minutos conseguimos chegar à Praia, ao nosso destino!
Já eram cerca de 00h45!
Depressa bebemos o champanhe em copos de café e brindámos ao novo ano, que já tinha uma hora!
Comemos o bolinho e tal...
Ela ria, eu já não conseguia rir mais, os meninos que não queriam saber da passagem de ano para nada, nem do bolo, só pensavam em ir molhar os pés!
E ele só dizia...
- Sim... Só ela é que se lembrou de vir para a Praia... ideia espectacular! Onde é que eu fui amarrar o meu pára-quedas! caraças...
Confirma-se... não se pode ir com esta mulher para lado nenhum!


O.K., eu sei! Na Madeira se calhar até era giro ver o fogo de artífico, mas na condição de me rir tanto, como ri. Não Troco a minha M., nem o N., o T. e a R., por fogos de artíficio na Madeira! Ahhh, não troco não!


Imagem: images.com

02 janeiro 2007

Juntando as Letras
























Durante este mês que passou, houve um livro que me acompanhou...
Adquiri o livro, por gostar dos textos do autor do blog. Quando percebi que ele tinha escrito um livro, quis lê-lo!
Como gostei muito, recomendo vivamente!
É um livro de Poemas, onde os sentimentos fluiem por toda a escrita.
Não esquecendo que ao adquiri-lo estão a ajudar as aldeias de crianças SOS de Portugal com um 1 Euro e 50 cêntimos.

Deixo aqui 2 passagens do livro...



viagem

"tinham nas mãos uma certeza
no coração tantas dúvidas
na vida tantos caminhos
na sorte desejo de amar
juntam a certeza das dúvidas
entram nos caminhos do desejo
apanham a primeira asa
viajam pelo destino
seja lá onde for
ele espera-os à chegada"




magia

"tomara-me outro que não eu
no entardecer de longos dias
recolher na noite corpo macio
acariciar-te obra prima de magia
elevar-te ao cume perfeito
retirar-te a venda feita de medos
apagar mistérios e segredos
arredar nuvens nos sentimentos
fazer-te assim beijar as estrelas"


in juntando as letras, António Paiva