Houve alturas em que pensei poder adiantar o tempo, com medo de não ter tempo.
Outras houve em que pela pressa despendida e pela compreensão de que tal não resultaria, o tentei atrasar.
Houve tempos em que pensei que o tempo tudo apagava.
Hoje sei que o tempo não apaga tudo e por mais que a contradição bata em mim com força, percebi que o tempo em algumas coisas, não muda absolutamente nada, é sim mascarado pela distância a que nos obrigamos.
Há coisas que nunca mudam.
Resta-me pedir ao tempo que me dê tempo. Tempo suficiente para o substituir por outro tempo, o que não sei, é se no tempo do tempo, tal será possível.