28 agosto 2007
à distância de um olá...
"...vejo alguém passar. Há muita gente eu sei, mas pareces tu... ía jurar que eras tu! Procuro-te com o olhar, com a cabeça às voltas de um lado para o outro. Só vejo "pedaços" de alguém, que creio (quero crer?) seres tu. O cabelo... sim és tu!Uma multidão tapa-me a visão, e rodeia-te, merda! Não consigo ver! Abre-se um espaço entre a multidão. Olho com atenção, consigo ver partes do cabelo que me parece o teu, vejo o vestido... sim, mesmo o teu género. Tento sentir o cheiro no ar... Nessa altura levanto-me. "Tu" afastas-te. Tento reconhecer as pessoas que estão em volta... não reconheço ninguém. Não, não podes ser tu, se fosses, reconhecerias a minha presença no mesmo espaço. Por essa altura, começo a pensar se poderias estar ali aquela hora, que dia da semana é? Tento aproximar-me mais, o meu coração começa a bater mais forte. Enerva-me ficar assim! Não entendo porque estou assim! Nervoso! Porque é que fico assim? Alguém me puxa o braço, lembro-me então que estava acompanhado.
Olho novamente... perdi-te de vista. Vejo-te lá mais ao fundo, deixo a minha companhia e vou em "tua" direcção. Há muita gente, e não consigo lá chegar depressa como queria... acelero o passo, empurro algumas pessoas. Pelo caminho paro e penso... e se fores tu? o que vou dizer? Precorre-me um arrepio, algo familiar... o teu cheiro, pareceu-me juro...
Fico parado, com o coração aos pulos, baixo a cabeça e não olho mais.
Volto para o meu lugar, para a minha companhia. Não consigo dizer mais nada de jeito o resto da noite. Mil e uma lembranças percorrem-me os pensamentos. Relembro tanta coisa... tenho saudades. Olho à volto e nada faz sentido. Não me consigo conter e olho novamente para o sítio onde estavas, já não estás lá... e se fosses tu? Vou a correr em direcção à porta, saio sem pedir licença. Cá fora há muita gente, mas sinto que "tu" já não estás lá... Volto para o meu lugar e fico o resto da noite a pensar... serias tu?"
15 agosto 2007
o meu sorriso...
"Sorria, ainda que o seu sorriso seja triste,
porque mais triste que o seu sorriso triste,
é a tristeza de não saber sorrir..."
É este texto que recordo desde sempre, quando não me lembro onde deixei o meu, a minha Mãe, tinha por hábito repetir isto a sorrir, quando não me via sorrir...
Quando te vejo, nunca te vejo sozinho. Trazes contigo a sombra do que conhecemos em comum.
Difícil estar ali e não perguntar.
Verdade que não me apetece falar sobre o que me doeu... sei que por mais que explique, vamos sempre dar no mesmo, e hoje o tema parece estar descontextualizado no tempo. Agora ficamo-nos pelo: "...sabes como penso...".
Vem sempre aquele momento em que fica o silêncio... eu respondo em monosílabos: "...sim? ainda bem..., espero que tudo corra bem...". Não consigo verbalizar mais que isto. Curioso é, que consigo escrever sabendo que possivelmente me vão ler...
Mas sabes? Tenho saudades nossas, das nossas gargalhadas, das nossas saídas, das tuas peripécias, que nos faziam chorar a rir. Hoje estive quase para te perguntar, se o tens visto a rir, mas depois achei que não devia, a conversa podia prolongar-se para temas que não queria. Preferi então ficar calada e imaginar que sim...
porque mais triste que o seu sorriso triste,
é a tristeza de não saber sorrir..."
É este texto que recordo desde sempre, quando não me lembro onde deixei o meu, a minha Mãe, tinha por hábito repetir isto a sorrir, quando não me via sorrir...
Quando te vejo, nunca te vejo sozinho. Trazes contigo a sombra do que conhecemos em comum.
Difícil estar ali e não perguntar.
Verdade que não me apetece falar sobre o que me doeu... sei que por mais que explique, vamos sempre dar no mesmo, e hoje o tema parece estar descontextualizado no tempo. Agora ficamo-nos pelo: "...sabes como penso...".
Vem sempre aquele momento em que fica o silêncio... eu respondo em monosílabos: "...sim? ainda bem..., espero que tudo corra bem...". Não consigo verbalizar mais que isto. Curioso é, que consigo escrever sabendo que possivelmente me vão ler...
Mas sabes? Tenho saudades nossas, das nossas gargalhadas, das nossas saídas, das tuas peripécias, que nos faziam chorar a rir. Hoje estive quase para te perguntar, se o tens visto a rir, mas depois achei que não devia, a conversa podia prolongar-se para temas que não queria. Preferi então ficar calada e imaginar que sim...
03 agosto 2007
coincidências...
Fui ali mais ao canto.
Pesquisei durante noites, entretia-me pelo meio da pesquisa com coisas que ía vendo. Ía conversando sem muito tempo. No fim, quando o sono me lembrava que no outro dia teria de madrugar, lá me ía deitar.
Houve quem estivesse sempre comigo. Houve inclusivamente quem chamasse a esta ajuda que me dava, como de "auto-ajuda". "Eu ajudo-te a ti e tu ajudas-me a mim... :)" achei este termo o máximo!.
Penso que terá sido por essa altura, numa dessas noites de pesquisa, que o terei encontrado!
Curioso será lembrar a data de ínicio... o mesmo dia que há um ano atrás mudou a minha vida, o dia do acidente...
A vida é cheia de coincidências... para quem acredita nelas! :))
Pesquisei durante noites, entretia-me pelo meio da pesquisa com coisas que ía vendo. Ía conversando sem muito tempo. No fim, quando o sono me lembrava que no outro dia teria de madrugar, lá me ía deitar.
Houve quem estivesse sempre comigo. Houve inclusivamente quem chamasse a esta ajuda que me dava, como de "auto-ajuda". "Eu ajudo-te a ti e tu ajudas-me a mim... :)" achei este termo o máximo!.
Penso que terá sido por essa altura, numa dessas noites de pesquisa, que o terei encontrado!
Curioso será lembrar a data de ínicio... o mesmo dia que há um ano atrás mudou a minha vida, o dia do acidente...
A vida é cheia de coincidências... para quem acredita nelas! :))
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